domingo, 23 de março de 2008

Interminável Rosa


Permite-me que te relembre, é bom ter vida e que quero voltar a ver-te com aquela rosa vermelha na mão. Sinal de paixão, amor pleno, nao por qualquer homem, apenas pela VIDA. Sim meu amor, pela VIDA, a mais curta das disciplinas à qual arranjamos sentidos novos todos os dias.

Estou aqui, mesmo sem o sorriso de circunstância, mesmo com algum químico que me torne mais afável, mas estou aqui, primeiro por mim e depois porque, amando-me, te posso fazer vibrar nessa rosa escondida que te habita. Mulher de inusitadas vontades, de abraçar o desconhecido sem sentido.

Tenho saudades da tua camisa rosa, das formas perfeitas de um sorriso guloso que depois vi esvair-se.

Acredito na felicidade, no Willie Wonka e nos sapateados mágicos do Fred Astaire e deixa que te diga que fazes melhor figura que a Ginger Rogers.

Ah e minha rosa por desabrochar, não me tragas assim para a Terra, temos tempo para os desgostos, as lágrimas e para as tentativas de ir para lá das estrelas olhar pelos vivos.

Não minha interminável rosa não te voltarás a sentir insegura, essa guerra acabou, a luta não tem que ser travada nas trevas. Quando assim tiver que ser e te sentires imóvel, dá-me todos sos teus males que, numa luta medonha de capa e espada, as faço dançar o vira para outra constelação. Para sempre, minha rosa, para sempre!

Manuel Marques

... com um abraço daqueles gigantescos para o casal Pam e Nuno, cada um de vós merece a mesma força, a mesma energia positiva para que a vida sorria!

Admiro-vos e sinto-me feliz de ajudar, por muito pouco ou quase nada que seja, especialmente hoje que é dia de Páscoa e podem celebrá-la em família!

sábado, 15 de março de 2008

Visita Guiada






Poucas palavras
sementes sem dor
acordada na sede inconformada
visita guiada
numa enseada de gostos
sabores, néctares de prazer
apenas um abraço acalmando o cansaço


Manuel Marques


um grande abraço para os meninos Nuno e Pam!!!

quinta-feira, 6 de março de 2008

AMOR






Ama- se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera."
- Arnaldo Jabor -

segunda-feira, 3 de março de 2008

No Jardim de Valhala





Conta a lenda que na morada do Criador existe um imenso jardim, chamado de Jardim de Valhala. Neste jardim, onde o tempo não vigora, e um minuto e a eternidade convivem no mesmo momento, ficam os espíritos bons, escolhidos pelo Altíssimo, aguardando a hora de serem enviados à Terra para cumprirem sua missão.
No Jardim de Valhala dois espíritos, um chamado Danjar e outro chamado Kandata, ficaram por tempos e tempos, surgindo um amor profundo entre ambos. Um amor puro, fraternal, que os unia com uma força superior à própria força do amor.

Danjar e Kandata estavam sempre juntos. Um era a alegria do outro, e, por um fenômeno que o mero conhecimento humano não explica, um brilho descomunal reluzia sobre os dois quando estavam lado a lado. A alegria que os dois espalhavam contagiava os demais espíritos e os dois transformaram-se na essência do jardim.

Um dia, Danjar foi enviado à Terra. Kandata, à princípio, ficou muito feliz em saber que o seu inseparável companheiro tinha, finalmente, sido enviado para cumprir sua missão, porém, aquela alegria de primeiro momento foi se transformando em uma tristeza profunda.
O Jardim de Valhala, de um instante para outro passou a não ter mais sentido. Nada mais tinha sentido. Até o brilho de Kandata foi morrendo e ela passou a ser a imagem viva da dor. Os outros espíritos de tudo fizeram para que a alegria de Kandata voltasse e nada conseguiram.
A dor de Kandata era tão profunda que os outros espíritos, compadecidos de seu sofrimento, resolveram enviá-la à Terra, mesmo sem ser a hora certa, para que ela pudesse procurar e encontrar Danjar, e, se possível levá-lo de volta ao jardim.

Tomando Deus conhecimento da rebeldia de Kandata, deu-lhe um castigo: Ainda que ela estivesse na Terra, nunca encontraria Danjar, vez que ele estaria sempre em lugar diferente do dela e ela jamais poderia trazê-lo de volta ao Jardim de Valhala.
Kandata então, em um gesto desesperado, dividiu seu amor em infinitos pedaços e implantou cada pedaço em um novo espírito que viesse à Terra, pois assim, não só ela, mas centenas de espíritos procurariam por ele e algum poderia encontrar Danjar. Como cada um deles levava parte do amor dela, um dia uma parte dela estaria junto daquele que ela tanto amava.
Kandata dividiu-se e dividiu-se tanto, que dela nada mais restou senão a lembrança.
Assim, quando duas pessoas se encontram e sem qualquer explicação, um laço profundo de amor surge entre ambos, é um pedaço do amor de Kandata que encontrou na outra pessoa, um pedaço do brilho de Danjar.

( Mensagem recebida Juan Potapovas)

Que possamos todos ter um pouco de Kandata,e realmente descobrir o brilho de Danjar

domingo, 2 de março de 2008

Enternecidades 2




"(...) Por isso todas as noites
acredito no dia,
e quando tenho sede acredito na água,
porque acredito no homem.
Acredito que vamos subindo
o último degrau.
Dali veremos
a verdade repartida,
a simplicidade implantada na terra,
o pão e o vinho para todos."

Pablo Neruda


As Amizades sao como flores, abertas ao Sol,
para Sentirmos os Beijos Deus